sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ano Zero ou...





Raciocinando em bloco ...Vechione Bros ride & play again & again & 4ever!



Long Live to róquenrou...Cornélio Costurava pra cacete e costurou duas calças do Caio, sino na boca... (continua, em Notes) pois é, bro... os vechione bros continuam em ação, segundo uma amiga minha (que sumiu, aliás....) e bãos na reta! Salve o Made, a primeira banda brasileira de roquenrou que eu curti na vida (ao vivo), desde o Vereda... ê tempo bão... saudade do Próspero tocando bateria no teatro... Cornélio era um queridíssimo...

Lembrei do Jonas, poooooota guitar boy, amigo daquele loco do Nando que trocou minha guitarra por um papelote de cocaína, o fdp... O Percy... Teve até Tony Osanah... O Fabão... Me lembro de ter escutado naquele teatro o Deep Purple in Rock tocado de cabo a rabo, por umas cinco bandas diferentes, o início das coverbands em Sampa...Me recordo de ter ouvido How Many More Times (by Vechiones, sung by Cornélius) umas 50 vezes, naquela luz azul e púrpura do palco do Velho Veredas... Vontade de escutar Blue Riviera, por falar nisso e celebrar aquele harém (então possível) que tive entre Ponto 4 (o point) e o Riviera (Obrigado, Renato, for all the fun e aquelas casquinhas de siri.... xô, Juvenal, não perturba. Vai trabalhar, vagaba)....
Rebecas, Rinas, Alices, Laís, Helena, Loraine, Glorinha, tão pequenininha e gostosinha da alma pra fora, Neguinha (que namorou Fifa que sumiu na poeira da City...), Gal (que se encheu de viver), Sandrinha dos olhos azuis e pele rosada, uma bandida do amor e dos cheques desviados... Eu enchia o saco do Juvenal e preferia ser atendido pelo Zé, a tranquilidade zen em pessoa - em oposição a um esquizo Juvenal, mistura de Luis Asa do Tempo Vieira com Cantinflas Moreno. E o Zé me servia muito bem lá em cima, o melhor lugar do mundo do então agora lá perdido no tempo... aquela luz difusa para onde levávamos as eleitas por nosso coração apaixonado de garotos nada podres, mas doidos pra chupar o pescocinhos das namoradas e sermos felizes para sempre, naquela noite, de preferência, feito vampiros do amor, exército do surf, tesouro da juventude, ladies of the road by Crimson, as damas da noite, este sim, O Bar, em plena HigiMaranhão, em noites de lua cheia, as orgias discretas da burguesia hippie de boutique, aqui ali mesmo.

Eu, adorava subir para o mezanino depois dos shows do Vereda e ficar tomando Chopp em caneca Maracanã e comer aquela sanduba duca, o Maracanã itself, com aquela cobertura maluca e genial de ovo batido.... Muitas vezes, sozinho. Calado, mudo, na solidão zen dos meus 16 anos. Ainda não havia aquele bando de coristas e cocotas saindo e entrando, eu ainda era quase puro, não havia ainda sido contaminado pela selva noturna da cidade dos anos 70, os beijos ainda eram tímidos, a ejaculação pré-cócegas, aquelas coisas de fim de aborrecencia. Imagino que nessa época minha aura (áurea, segundo alguns sotaques regionais dazed & confused) devesse ser transparente líquida. Eu meditava horas , dia sim dia não, na Narayana ali perto da Faap. Nessa época, as drogas, as minhas drogas se resumiam a um baseado por fim de semana e meio sunshine california a cada duas semanas, fora de SP, em geral lá em Vinhedo, no bosque de pinheiros do Mosteiro de lá... quinze minutos a pé, da estação de trem. Todos os meus sentimentos nesses meus dezesseis anos eram de paz, amor, fraternidade, música e sexo livre variado sem camisinhas e zões eventual. E eu me sentia puro.

Eu ainda viajava no som do Mestre Edu e da flauta de Serginho naquelas tardes psicodélicas da Faap... Alpha Centauri... Pink Floyd aparecendo na vida do rapaz de Higienópolis lado pobre, ou seja, Baroneza de Itu com Brasílio, point do Angelo e do Pancho, motoqueiro argentino maluco, aqueles bandidinhos que eram invejados por mim... Idiolatras recapados. Mas a medida que os anos 1970 impulsionavam e se punham a andar e 72, 73 chegaram... eu ia bebendo mais, experimentando todas as drogas, num período em que elas eram confiáveis, vinham da California, Santa Cruz e Cornualha e ia ficandocada vez + escolado na boemia rua Augusta, Consolação com Paulista e início da Maddá e vivendo loucuras pela noite de SP que se não fosse eu contando eu não ia acreditar e a cidade das Mulheres com os portais abertos para mim, moi, myself, ávido sem dúvida alguma de experiências pan-sexuais, cósmicas, karmicas, psicodélicas, astrais e elementais...

E foi nessa época que a dona da loja de roupas hindus, kit de acessórias para fumar e cachimbinhos de haxixe e camisas de marrakesh, apaixonou-se loucamente por aquele rapaz lindo e exuberante de 20 aninhos incompletos, amante ocasional para suas noites solitárias, quando o marido pirata pirado saía comendo as menininhas de sangue azul dos super Jardãs em festas da represa, Guarah!Piranga!.. Mas nunca o deixou trabalhar na loja para faturar seus trocos por que ia misturar, o marido ia perceber e quando mistura, jovem, mela. Isso não impediu que o belo varão se apaixonasse pela sua gerente da Lorena e tivesse um caso com a ruiva, que nessa época tinha a amiga Frenética mais querida dividindo o apezinho da rua Costa, ruiva também...



Se não tivesse existido aquela química do rapaz com você, minha linda, se aquela mordida que de leve dei no canto dos seus lábios não tivesse arrepiado seus pelinhos da nuca, suas costinhas delgadas... e você não me quisesse naquela hora com a urgência de uma teen do interior em véspera de quermesse... como quis... e se surpreendeu com isso, aliás... eu sairia atrás de você até o fim do mundo e até rolar essa química absurda, insólita, inacreditável que rolou em sua plenitude desde aquele momento nosso abraçados no meio do mall, ao som de seguranças, perdidos naquela nuvem, azul e e vermelha de paixão imediata loucura total que passou a pairar sobre nós aos olhos dos confusos e surpresos seguranças, all those men in black and headphones sob os óculos negros... ao som da madeira noturna da lareira ou sentado numa sala moderna da clínica, quando eu não conseguia parar de sentir o perfume do seu pescoço ao lado da orelha, sob o olhar espantado de Amanda, que era a competência em pessoa aliada a uma bela figura e um sorriso contagiante de futura chefe de atendimento ao cliente, se os tubarões deixarem que ela suba e não apenas a comam e descartem no meio do caminho... Ah, menina... Eu não ia sossegar até te conquistar, porque você é mulher até o fim, ou do fim do começo de uma nova vida baseada no amor puro que vem do coração da alma (a sua, cheirosa, of course, dear, like Yogananda smell), do tipo que é impossível resistir. Eu não ia desistir porque você é a mulher do tesão definitivo e perene, você é a mulher das conversas e risos pela madrugada, e até mais tarde... pra termos muito sono de manhã... Pra quê, me diga, pra quê resistir? Tá louca? Cést Loka? Loka? Você é melhor que língua de gato, gata!
Se fosse no mezanino do Riviera (Blue Riviera, play it again, S,R & G, acústico e please, chamem Rodrix q essa música é a cara dele), ficaríamos nos beijando na penumbra até o Zé vir com a dolorosa e ficar fingindo pigarro por uns dez minutos, com aquele cigarro caído no canto da boca à Bogart, without ever bogart that joint, my friend. Pass it over to me.


Mas naquela época você era um sonho impossível e eu atraía todas as mais maluquinhas como um pararraio no raio amplo daquele quadrilátero colorido que ia da Augusta até Paulista com Angélica e as vezs se estendia até a Henrique Schaumann e early MaddaH com seu bares da Terra noturnos com a melhor nata de la creme dos jardins e alto de pinheiros, todo o beautiful people, all the crazies of the bloody town and all the party ups from those houses at Pinetree High.... Celsinho, Nininha, Bartira, Renatinha e Sunshine California dentro de livros de arte para escapar a alfândega e a inquisição caseira dos pais caretas engolidos pelo Sistema.... Fuck da system, fuck the syztem... Não tenho do que reclamar.


Não tenho do que reclamar, mas muito a agradecer, e mesmo que eu viva quinhentos e vinte sete anos eu não vou conseguir agradecer todas as coisas maravilhosas que vivi na loucura desses 5.6 anos incompletíssimos, todas as pessoas que encontrei nos em 3 cantos do mundo, since i haven't gone to the Orient, or East, if U rather call it.... Eu precisaria de uma eternidade e meia para agradecer todas as mulheres maravilhosas que passaram por minha vida e me ensinaram tanto sobre tudo em 1.272 versões diferentes, todos os momentos de extrema felicidade, as vezes de uma forma até incontrolável... por todas as maravilhosas surpresas que minha mãe Zeca fazia quando eu era aquele moleque super mais que bonzinho que ficava esperando ela me visitar no colégio interno, e que muitas vezes ela não podia ir (e não ia, e eu ia pra enfermaria... Campinas, N.Sra. Auxiliadora, rogai por nós), simplesmente por estar sem dinheiro, dura, comendo o pão que o diabo amassou, mas trabalhando e linda, chiquérrima até no arroz com ovo e pão e café preto fumegante.
Agradecer a todas as pessoas maravilhosas independente de seu sexo, cultura, idade, tipo de relação e costumes me proporcionaram maravilhosos sentimentos de amor e compensasação espiritual e-mocio@l, das pessoas malucas e criativas e talentosas e amantes incondicionais do ser humano, do semelhante que respirou o mesmo ar que eu, e de algumas poucas e raras que vestiram meus sapatos (meu cobertor, meu chuveiro, nossas camas e casas, minhas camisas sociais e meias de lã também, tudo incluso) e sentiram as mesmas pedras que eu no calçado e uniram suas almas à minha em solidariedade de estranhos bem intencionados com relação ao seu próximo, terreno, elemental ou espiritual. Quero também em especial a todos os deuses e deusas por todos os grandes orgasmos, as vezes prolongados que tive o prazer de experimentar, seja por estímulo sexual, gastronômico, musical ou simplesmente cafajeste básico e prêto e rasteiro.



Ali só passei bem, bebendo e comemndo do bom e de mió. Mas isso tudo só valeu as pena porque um dia eu ia te encontrar, eu que já te esperava embora ainda não te soubesse.




E pensar que... Child in Time com o Cornélio de Gillian era de arrepiar o fiofó, juro. Palavra, aquele vozeirão envolto em boás-Bois púrpuras e azuis na penumbra do Vereda, que não era tropical e nem aceitava calça de tergal... A Vida recomeça aos 5.6. Tome nota. E sempre continua na nota seguinte, notes.