sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Hercules, Weissmuller e a viagem ao redor do dia em 8o mundos







quando nada é e nada vem a mente, se é bom, é ruim, eu não sei.



nesses tempos em que cada dia chuvoso e cinzento não é mais apenas um dia qualquer, mas sempre prenúncio de algo catastrófico a despontar no horizonte online da notícia, sinto-me resignado a condição de gratitude por nada me ocorrer na mente e tudo absolutamente tudo se manifestar como imagem, enquanto cuido da agenda diária. Claro, piro e viajo em cima da possibilidade de alcance da fotografia num facebook da vez, principalmente as "carregadas de significado" que logo abrem links emocionais e de movimento entre você e sua network... e posto essas imagens, que contém minhas impressões internas do mundo que me rodeia, que para mim, naquele exato momento, valem mais de 5 laudas com espaço dois, por baixo.
sem nada na mente, nado na imagem que traduz o feeling geral desse armazén interno, dessa casa imensa e cheia de quartos e de espaços reservados de emoções, conhecimento, satisfação, poder, prazer e derrotas, desse palácio que em certos momentos atinge as dimensões do palácio do Dr. Lecter...

outro dia chuvoso e cinzento não é apenas mais um dia qualquer, mas o prenúncio de algo ominoso, nem que seja algo tão catastrofico como não ter baixado o corretor automático de nova ortografia do windows e continuar corrigindo catastrofico manualmente, porque é automático, como aqui... e sai com acento. ou o café fervendo, ou o telefone mudo ou o terceiro iptu que você esqueceu de pagar ou até mesmo, não raro, a discussão com a telesp da vez via telefone onde você até certo ponto paciente explica pela décima vez que essa fatura já foi paga quinze dias atrás e apresentada por você em pessoa, no próprio edifício central da companhia, via Pc de atendente telefonica da rede interna de computadores, no guichê 26 do saguão de atendimento, baixa confirmada pela funcionária. mas nada disso muda o foco, que é realização. a missão de cada dia. o passo seguinte, a próxima vez que faremos amor, vai ser bom, não foi? nada disso interfere. posto release ao vivo com pearl jam do u-tube via face, para mostrar o outro lado da minha experiência diária interna que apenas a imagem não consegue: a música, o som, o eterno som ressoante. do namanda ou do ziriguidom dum positivo de dom um, cosme e dasmião, de um omnamashivaia ou até mesmo de um acorde meu em sol no violão que foi de meu sobrinho thiago, e que hoje, está no astral.
nada disso absolutamente me incomoda, nem um pouco. com a mente vazia, o trabalho acontece mais facilmente. as tarefas vão sendo cumpridas uma após a outra e as vezes até em sincronia de finalização. as vezes o telefone toca e é ela, mas nesses momentos eu consigo no ato,ou quase, me desfocar do trabalho e só sentir o prazer que a voz dela me causa mesmo a distância. nós que temos tantas coisas em comum e até mesmo ínfimas tatuagens no mesmo local da perna. parece que essa energia entre nós circula intensamente mesmo através da linha telefonica nem tão muderrna assim da telefonica, que eu sempre proúncio funíca. Me sinto até disposto a digitar toda aquela matéria do Tarso pro Pasquim que eu considero um dos mais emocionantes e estilosos que já li. Mas nem Tarso...
estou tão focado na determinação de estabelecer e cumprir todas as possibilidades desses 12 trabalhos de Hercules diários, seja ou não de amansar um leão por dia... que nem o fato de o telefone não tocar, a cafeteira quase ferver e o tempo voar a uma média de duas horas para cada trinta minutos vivenciados por mim quase que palpavelmente, enquanto vou dando conta dos Jobs, que nada disso interfere no prazer que tenho em realizar cada um dos ítens que me propus a fazer em 12 horas de trabalho. embora essas 12 que sempre acabem parecendo penas 6 no final do dia.
estou começando a entender na pele o que Júlio queria dizer com viagem ao redor do dia em 80 mundos.
Cada um deles com seu próprio Hércules.
Mais uma vez, nada me vem a mente, que vaga.
Quando vem, para meu espanto, sinto-me tarzan na selva, vivendo um dia de cada vez, alheio e ingênuo quanto a maldade do homem e a destruição do planeta pela sociedade industrial mundial. Passageiro, é só insight da minha infancia televisiva e da impressão que causou em mim aquele grande nadador que morreu louco, uivando aquilo que havia sido o possante e inconfundível grito de força e poder sobre toda a selva, acima e além dos tambores nativos... num asilo de 2ª no meio-oeste americano.

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