sábado, 5 de setembro de 2009

Infinito Portátil Circular






Enquanto Pandit e Amithab tentam convencer Opash a questionar o resultado das eleições... É claro que eu já tinha uma idéia de como se fala fundo infinito em inglês, se você começa a navegar apenas nas palavras que associa com fundo e infinito. Que são finitas, porém. Graças a Deus.
Pensei primeiro em termos absolutamente literais. E veio bottom, fundo e endless, sem fim. Dando uma passadinha por bottomless, que é o espírito da coisa, sem fundo. O que logo me lançou num verdadeiro bottomless pit, ou inferno, abismo.
Eu até mesmo dei uma andadinha por alí e acenei para Dante. Que não me deu a mínima. Mas bottomless pit também pode ser um buraco negro, que em inglês tem um nome literalmente exato, Black Hole.
E que pensando bem, pode ser nome de site pornográfico de black amateur americana explorando seu melhor dote ou resumindo, sexo anal. Aunty Jemina, "The" Black Hole.

Paro de pensar besteira e parto para a pesquisa séria. E me vem background, que é fundo em vários quesitos e pode ser a bagagem ou carga (cultural, educacional etc) e ao mesmo tempo, fundo de foto, paisagem, quadro, desenho ou parede (em certos e limitados casos).
E a palavra, brotou: wall. Wall que é palavra dessa geração yuppie, que já se tornou nome de revista (Wallpaper), e o que é um wallpaper senão um fundo, o cenário da sala, o papel de parede que faz o fundo da sala de estar ou do teu desktop. Fácil.
Meia batalha (entre as palavras) vencida. A guerra, no entanto, está perto de ser vencida. Navegando, começo a achar algumas referências e telefonando para uma locadora de equipamento fotográfico. Mas acabo falando mesmo é com um assistente que manja mais do que o fotógrafo: vai até o estúdio, pois tem certeza que o fundo infinito da locadora é importado, acha que é inglês, um minuto só, senhor. Um minuto depois, "Westcott", com dois T no final. Eu tenho o site nos favoritos, é isso. sjwestcott.com, americano, senhor. É um dos melhores. De nada, senhor.
Da Westcott, que tem catálogo em PDF, começo a casar palavras que vão fluindo aos montes, nas sendas de San Google e em minha mente: infinite, infinity, infinity wall, infinity curve, que são todas espécies de backgrounds.
Na Calumet, fabricantes dos mais caros backgrounds e shapes de fundo infinito, descubro finalmente as melhores possibilidades para fundo infinito: o fixo, ou seja, a parede fixa que desce de encontro ao chão e faz uma curva (ue pode oscilar entre alguns ângulos padrão, para melhor iluminar), antes de encontrar o solo, tudo da mesma cor, que em geral é Branco Total ou Preto.

Nós que já entramos e saímos de tantos estúdios, sabemos bem o que é.
O outro, é o rolo de papel ou tecido especial (com a tecnologia de hoje, são vários tipos de tramas) que você estica de um suporte chumbado na parede, até encontrar o solo. Estica daqui, puxa dali... Quando ele encontra o solo e é puxado na direção oposta à parede, com um jeitinho é possível formar um angulo curvo na intersecção de parede com solo, que tem a mesma função do fundo infinito fixo, mas é muito mais versátil que o fixo (que em geral é pintado de cores diferentes centenas de vezes...), pois o profissional só troca a bobina do suporte, de acordo com o tipo (paisagem lunar, parede de cavernas, terra, grama, água, colinas do Afganistão, etc 'ad infinitum' ) de background ou fundo que você necessitar.
Esse móvel de bobinas, faz o que eles chamam de infinity curve, efeito do papel criando a curva arredondada que provoca a sensação de fundo infinito, sem emendas, rasuras, intersecções ou ângulos retos definidos por trás do objeto ou pessoa que está sendo filmada, ou fotografada, em foco.

Pronto. Filtro sem usar nenhum filtro rebatedor para os pensamentos que fluem e se traduzem em sensações, retesamento, languidez e umidade cremosa no meu corpo contorcionista de tradutor em cadeira giratória de segunda.

E então saio do link e volto a nós dois, o tema inicial dessa canção de palavras antes de me perder no fundo infinito que o texto exigia.
Fecho os olhos e apalpo a superfície arredondada e sinuosa da sua cintura onde ela encontra sua perna sobre a minha coxa e se beijam, onde nossas curvas infinitas se fundem e mãos se entrelaçam correndo sobre teu seio, meu sexo, nossas nucas e línguas que se exploram sem noção terrena de extensão. Minha língua tem uma fome desmedida de saborear a curva infinita que forma o arco baleno de suas pernas, o arco dos quentes lábios que sugam e me remetem às paredes infinitas do nosso prazer em teu santuário.
E já que a curva é infinita, sigo em frente impelido pelo grande prazer desconhecido que toma conta de minhas partes altas, médias e todas as outras que estão entre, ao lado e principalmente no meio dessa área situada entre as pequenas zonas de mortes sucessivas e o encaixe exato de nossas raízes de pele tão sensível, suave, elástica... Que se fundem, se unem, são unos. Oh! Yes.
É nesse momento que chovemos de prazer e disparamos jatos de orgones circulares, que flutuam acima de nós como um cardume de fumaça saindo de nosso corpo e nadam livres pelo oceano de prazer que paira sobre nós e estoura lentamente subindo e descendo nas paredes.
Assim tem sido, e mais do que assim, sempre será, em insistentes múltiplos gozos de amor palpável espalhados pela abóboda de nossa imaginação mais libertina e natural. Aaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

Morro de excitação e de prazer. E essa morte é doce.

Quando ressuscito, ao sinal do teu skype insistente (Ê você aí!! Morreu ou o quê??) no som do monitor, a primeira coisa que vejo é o cursor giratório, piscando no monitor no final da palavra background digitada. Salvei ou não salvei, meu São Benedito? Mas é claro que eu tinha uma idéia de como se fala fundo infinito em inglês...

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