quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Inspiração sofisticada





Cd: Olivia Byington - Biscoito Fino


2ºsemestre/2007




Inspiração sofisticada




Quem teve a sorte de ouvi-la cantar a inédita Guarda minha alma no show Vozes da Paz, em Maio, sentiu no ato que o novo CD prometia surpresas. E das boas.
Na base do violão & voz, a canção grudou na alma.
Agora, com belos arranjos de estúdio, seduz ainda mais.


Mas 1º, a má notícia: o novo cd Olívia Byington só têm 12 faixas!


A boa: Ela é autora de todas e a voz continua linda, como na estréia em 78 com Corra o Risco, LP-referência na MPB. A maior parte das canções foi composta em parceria com o poeta português Tiago Torres da Silva, um dos responsáveis pela volta de Olívia à composição.


Compondo e tocando violão, ela "puxa o fio das melodias que existem aos novelos dentro de si".

Dona de extenso timbre vocal, a afinada intérprete de outros compositores volta a se arriscar e quem ganha é o ouvinte, refém desde a 1º faixa.

Em Areias do Leblon, a levada sensual da poesia musical da orla é o arte-fício.
Rodeada de grandes artistas e músicos, divide o canto com ‘seu’ Jorge em samba & rap (Na ponta dos pés) e com Maria Bethânia em Mãe Quelé, tributo à saudosa Clementina de Jesus.


Ao fim de 12 faixas sensíveis, únicas alternativas: clicar o play, outra vez e torcer que ela volte a SP com o novo show.




No player da redação: Balada do Avesso, mais uma pérola de seu constante parceiro Geraldinho Carneiro, autor da canção que a consagrou, Lady Jane. Na sequência, a faixa bônus nascida da nova parceria lisboeta: Sapatilhas de Ponta.






http://www.biscoitofino.com.br/bf/cat_produto_cada.php?id=304

Notas:

Show Vozes da Paz, em Maio/2007 (Teatro das Artes/SP), com Olívia, Jorge Mautner, Jacobina e Cida Moreyra e outros.

Citação da própria Olívia:
"puxa o fio das melodias que existem aos novelos dentro de si".

Lady Jane: canção do 1º disco da Barca do Sol, durante o Verão de 78, pela Continental, também gravada por Olívia em Corra o Risco, LP de estréia, 1978.



(Resenha publicada na revista Rolling Stone, 2º semestre de 2007)

Nenhum comentário:

Postar um comentário