segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Help Me, Joni...



...Que bom que você ligou, é tanta saudade misturada com falta da sua proximidade que eu não sei se aguento até lá. lá onde? lá onde está tudo que eu quero sempre dizer, mas de um jeito ou de outro acabo não dizendo porque sempre somos envolvidos em algo a seguir ou porque tenho a nítida impressão que você já sente tudo o que eu sinto e como sente dessa forma, sabe de tudo. até daquilo que eu não disse e não sei.

bom que você ligou. nesse momento eu preciso muito de você próxima de mim, embora nosso dia-a-dia as vezes seja um empecilho e a situação atual não colabore, já que a ciranda de traduções uma após a outra ongoing durante meses seguidos deu uma paradinha como a mão no quadril e me encarou.

e no teu front, thanx god, as encomendas aumentaram desproporcionalmente a assistencia que você recebe e que poderia reduzir bastante seu volume de trabalho e de stress decorrente, para te dar mais tempo livre para continuar sua pesquisa da digamos "nossa" deusa, onde me incluo porque o nome dela sempre me inspirou e não é por acaso que dei esse nome a minha princesa. no fundo, sei que precisaríamos de um tempo só pra nós, resgatados numa bela praia, numa bela casa, com um belo oceano a nossa frente para dessestressar nossas belas mentes desses quase nove meses do ano, nem que seja em uma semana de cinco dias apenas... eu preciso você perto de mim (agora, sempre) e no entanto, estamos naquele plano em que nosso dia a dia colide pela diferença de responsabilidades, (deixa eu apagar a água do café, um instante)... embora eu já possa te adiantar que algumas das minhas responsabilidades com relação a atração que você exerce sobre mim continuam as mesmas, se não mais intensificadas. naqueles momentos então que perdemos a sintonia de comunicação ao vivo via celular, fone fixo ou até email, nesses momentos então a ausência da sua presença me causa uma dor de indescritível agonia para que seja reestabelecida o contato e o plano do prazer recíproco. Nessa hora não consigo escrever, não consigo traduzir, não consigo, as simply as that. Eu, adivinha, caio. Sem você sou uma parte. Ou sou um todo com você incluida? Hoje, porém, numa dessas horas em que não se sabe o que se fazer primeiro, sentei e escrevi mais um daqueles emails que eu não gostaria de ter precisado escrever, uma daquelas minicartas virtuais que eu preferia não ter enviado, algo assim. e mesmo assim, i can tell you, é meio humilhante pedir, hope it's worth. De qualquer maneira, no pain, no gain. It's a pain in the ass, but i'll overcome. e como várias coisas e atitudes ao longo da vida (55 years expertise), é melhor fazer do que nunca tentar e amargar a frustração.

pois bem, logo depois, de escrever essa coisa help me! i think i'm falling... eu comecei a ler uma série de textos que eu havia separado ontem nessa varredura que estou fazendo nas minhas notas, de dois anos para cá, principalmente do período de seis meses antes de te conhecer até hoje, incluindo meus poemas @róticos, por que não, e comecei a tirar daqui e incluir ali e quando vi, duas horas já tinham se passado, duas horas que li, reli, escrevi e reescrevi, entrando num processo louco de fazer as palavras adquirirem vida e ritmo e interagirem com a pessoa que lê, que por enquanto, sou eu mesmo, meu pior e mais desalmado crítico. de mim que convivo com todas essas pessoas e personas que se acham inteligentes, geniais, vencedores naturais e o escambau e tem a sensibilidade de uma melancia quente, em alguns casos, a sutileza de uma pata de elefante fora de controle. eles, suas idéias inteligentes, seus pensamentos, quotes e autolouvor, in some cases, of course... eu, meu pior crítico.

nesse meio tempo descubro também que mudei muito nesses ultimos 24 meses. na base de pequenas prestações, mas ainda assim, diferente.
na direção do melhor que eu desejo pra mim.

leio e leio e leio e cada vez mais me maravilho com o que leio, seja clássica a tirada ou artigo de autor na imprensa ou na net e me deparo com textos que me fazem babar ao me instigar uma sensação, ao instalar em mim um processo de pensamento que se ramifica simplesmente em todo o momento atual de informações e acesso que a humanidade dispõe e coloca em nossa caminho nas mais variadasformas e tribos e civilizações. leio de tudo nesses momentos em que não me foco (ainda) e diluo minha atenção em dez canais diferentes dos mais técnicos aos mais emocionais (que em geral são original lyrics, cá entre nós, de grandes compositoras[es], de onde eu tirei essa pérola da Joni M., no auge) seja jornal e revistas abertas ao meu lado, ou janelas no monitor. O mundo ferve e as palavras e idéias saltitam para fora e para dentro (e onde elas vão parar? para onde vão?).

Pelo menos, durante um tempo não estou grudado obrigatoriamente nas páginas de tres bíblias em tres idiomas, voraz por sobre as páginas delicadas do Good Book... Como se fossem os versos de um Buda em papel de arroz. E nesse incensante exercício de escrita com meus próprios textos revisitados e o remexer das palavras, as horas voam (alto), e em determinados espaços de tempo, sou abduzido pelo reino das palavras, sentenças, one liners e idéias por trás do que leio, seja meu ou de outrem, e só quero escrever, escrever, deixar o fluxo a la gertrude s. assumir o comando e me colocar no caminho, o que me preserva daquela ansia pela tua presença, que me tem, mesmo a distância e me faz te desejar logo depois da aula de dança, naqueles momentos em que você tem o controle de todos os músculos do seu corpo e banha cada centímetro deles com aquele sabonete-perfume que cobre a sua pele e que sou capaz de sentir só na base da imaginação persistente e concentrada, se quiser, ou... logo depois que você já cozinhou a sopa , fechou o ateliê e vai se dar uma refrescada antes de comermos na grande mesa branca para voltar viçosa, quente e perfumada e faminta. na verdade, eu queria te falar que você é tão cheirosa que mesmo quando volta do balé, suada, está cheirosa com aquela tensão residual no seu corpo que parece reproduzir o perfume da rosas que repousa no lábio da sua dançarina que se mira no espelho. que bom que você ligou. a sua presença, mesmo na eventual ausência, me dá coragem de enfrentar o mundo. mas...

e você, bella... como está?


Help me
I think Im falling
In love again
When I get that crazy feeling, I know
I'm in trouble again
I'm in trouble
cause youre a rambler and a gambler
And a sweet-taiking-ladies man
And you love your lovin'
But not like you love your freedom

Help me
I think Im falling
In love too fast
It's got me hoping for the future
And worrying about the past
cause Ive seen some hot hot blazes
Come down to smoke and ash
We love our lovin'
But not like we love our freedom

Didn't it feel good
We were sitting there talking
Or lying there not talking
Didn't it feel good
You dance with the lady
With the hole in her stocking
Didn't it feel good
Didn't it feel good


Help me
I think Im falling
In love with you
Are you going to let me go there by myself
That's such a lonely thing to do
Both of us flirting around
Flirting and flirting
Hurting too
We love our lovin'
But not like we love our freedom


Help Me, Court and Spark, January 1974, Elektra





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