quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O silêncio que barulha


Pic: Horsehead Nebula by Martin Pugh (UK): a 1st prize!

Será q todos os loucos escrevem bem? Ou sem qualquer pretensão: será q todo louco gosta de escrever?
vai saber. eu, agora, nem sei o q escrever. são 3 e 10, to enrolando pra te ligar, mas ñ vou ligar pq ainda nem escutei o som da minha voz hoje, aliás, minto. Dei um berro seco com a cacau q sujou o carpete da sala.

tô enrolando pra te escrever antes de sair, mais do q pra te ligar, pois do jeito q ando desde anteontem, dependendo do jeito q vc me atender, talvez eu passe por grosso, por bravo, enfezado. nananinanô.
não arrisco. e não petisco. mas ñ sou insensível de saber q vc também é sensível e talvez eu até te deva desculpas; do que não sei, mas qdo a gente se desentende até parece q a gente brigou por algo concreto. e fica aquela impressão de que alguém deve desculpa a alguém.
e na maioria das vzs é besteira, é teimosia. só isso. desculpe, não quis ser grosso. sorry, pardon, beg you excuse me. obrigado pelo macarrão, sempre adiado desde aquele barilla tricolor q levei para o domingo em q acabamos mudando os planos. obrigado por ter pensado em uma janta gostosa, obrigado por ser a mais gostosa.
obrigado por ter ido me ver na quitanda. eu não ia passar na sua casa pq já havia me batido um baita desanimo de tarde e eu estava me forçando a fazer coisas para ñ cair de bode. sabe qdo parece q tem algo maior q vc te segurando pra vc ñ seguir em frente? é assim q tenho me sentido nesse último mês. mas veja bem. isso ñ tem nada a ver com vc, ñ é vc quem causa isso. sou eu mesmo, e o monstro morto dentro de mim, do qual ainda não removi a carcaça imensa. são coisas q ñ consigo ainda lidar e tento fazer sozinho, isso sem levar em conta q sou bem mais lento q vc, a lot, pra lidar com questões pessoais e íntimas e sempre acabo me introvertendo em algum momento. vc tem uma facilidade q me fascina em chutar a bola pra frente e em se livrar dos fantasmas q te assolam, se é q te assolam. isso é mais fácil de acontecer comigo. e nesses dias todos os fantasmas q estavam se afastando de mim graças ao trabalho constante, farto e semi-disciplinado, agora retrocederam e me passaram a me incomodar. é frustração, é desanimo e a coisa pega pesado. é um encosto de quinta que fica travando meu drive, uma sensação broxante de pequenez frente aos maiorais e vencedores.
me pego não parando de escrever e anotando tudo o q me vem a cabeça em moleskine e words e blog para que esse exercício da escrita unstopable seja um substituto justificável para a ausência de "jobs" entrando.
para que o demonio não possa produzir um pandemonio de bad thoughts em minha mente, cansada e facilmente impressionável. e para que essa profusão de frases malucas permaneça em algum lugar que está entre, não no meio, ou atrás. Mas 'entre', gracias a julio. num desses momentos mais yangs, eu entro e recupero e transformo e quem sabe bons textos surjam daí.
ontem eu conversava com jan-san e falamos juntos numa conversa a expressão 'fazendo tudo certinho', q em geral é justificativa de gente louquinha, como pai & filho, btw, para isolar certas coisas q acontecem e seus efeitos. fala-se assim... venho fazendo tudo certinho e me acontece uma coisas dessas, sô? pois eu venho fazendo tudo certinho, ou digamos, dentro daquilo q a gente imagina é correto e realizado tudo com empenho e determinação, signed, sealed & delivered, well... Foi o q fiz na rost, foi o que fiz na editora francesa, foi o q fiz na nossa editora de ouro, e na tv da música, foi o q fiz nos manuais tecológicos e nos guias timeout das capitais.
E no que tudo isso transformou? Em nada. Ou em páginas impressas do passado. E se é passado, é melhor esquecer. É isso? Não sei. Como se diz, dei meu sangue (bom, saiba) naquelas páginas e de repente, tudo se desvanece assim, vamos partir pra outra e começar tudo de novo em outro lugar, phoda-se essa bagagem? Que merda, que mêda, a la christian pior.
Vou sair q o sol tá me chamando, mas leve pq consegui escrever e descrever para mim mesmo um pouco daquilo que eu não não queria saber.
passo na advogada, lenta as usual e resolvo algumas pendências q podem muito bem serem resolvidas até a happy hour, ou six o'clock. Depois, uma massagem da massagista japonesa ou o shiatsu de seu marido cego, na liberdade.
quem sabe isso destrava um pouco o esqueleto e eu, mais uma vez, chuto a bola pra frente (viro a mesa, chuto o pau da barraca, including), além do muro do campo.

nesse momento, a única coisa certa em minha vida é q eu te amo e é isso q me dá uma certa paz de espírito qdo a tristeza bate.
o resto, nem deus ainda sabe.


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